LISBOA - 2014/02/11 - A Galp está à procura de investidores para entrar na concessão que tem para explorar petróleo e gás na costa alentejana, junto a Sines, adiantou o CEO da empresa portuguesa, Manuel Ferreira de Oliveira, ontem na apresentação dos resultados do ano passado. Em causa, explicou o dirigente, está a saída da brasileira Petrobras deste projeto, no final do ano passado, para se focar na exploração no Brasil, o que deixou a petrolífera nacional sozinha e com menos capacidade de risco.
“No Alentejo, com a saída da Petrobras, a Galp ficou sozinha e isso não é compatível com o risco do projeto”, ou seja, com o volume de investimento que é necessário para explorar petróleo em águas profundas como é o caso, referiu.
É por isso que estão à procura de um ou mais parceiros, principalmente agora que, segundo Ferreira de Oliveira, “a empresa tem um ano para trabalhar no projeto”. Quer isto dizer que a Galp terá tido luz verde da Direção Geral de Energia e do Governo para prolongar a concessão, tal como havia pedido o ano passado.
Na altura, explicou o CEO da empresa, esse pedido foi feito porque a Galp precisava de mais tempo para analisar os dados recolhidos, o que irá fazer agora. Findo este próximo ano de concessão, a Galp terá de dizer definitivamente se há ou não indícios de petróleo ou gás que valem a pena ser explorados.
A Petrobras saiu também de um outro consórcio onde estava com a Galp em Portugal, pelas mesmas razões e na mesma altura, mas neste caso foi logo substituída pela Repsol. Trata-se da concessão perto de Peniche, mas neste caso em terra.
Este projeto está, assim, a seguir o seu curso normal, disse Ferreira de Oliveira, e acrescentando: “Continuamos a achar que há boas perspectivas”.